Este ano vem trazendo surpresas
agradáveis dos lugares e filmes menos imaginados. Caso de GIGANTES DE
AÇO (2011), de Shawn Levy, um diretor de quem nunca se espera muito,
mas que atingiu um grau de excelência impressionante neste drama sci fi
envolvendo a relação de um pai com seu filho rejeitado. A produção é
mais vendida como um filme de lutas de robôs, o que não deixa de ser
verdade. Mas o que não é verdade é que não dá para resumí-lo dessa
maneira. Eu diria que GIGANTES DE AÇO é uma espécie de ROCKY do século
XXI. E afirmo isso com a intenção de elogiá-lo mesmo.
Na trama, Hugh Jackman é Charlie
Kenton, um homem que costuma seguir os seus instintos e vive de se
arriscar em lutas de robôs gigantes. A bela e encantadora Evangeline
Lilly, que me deu muita alegria ao vê-la numa produção classe A e em
papel de destaque, é Bailey, uma companheira e especialista em conserto
e reparação desses robôs gigantes de um futuro próximo. Charlie é um
homem que costuma fazer o que lhe dá na telha, adora o risco e por isso
acaba entrando de cabeça e na maioria das vezes perde tudo. Deve a Deus
e ao mundo e o filme já começa com um de seus credores lhe cobrando. O
que vem abalar, mas principalmente trazer algo de extraordinário para
sua vida, é o filho de onze anos, Max (Dakota Goyo). O garoto sente
muito pelo fato de ter sido abandonado pelo pai durante todos esses
anos e de só ter que encará-lo novamente por causa da morte de sua mãe.
Se não
fosse o interesse do garoto por robôs gigantes e por lutas,
provavelmente ele não teria entrado tão rapidamente na vida de Charlie.
E entrado de maneira intensa, já que ele é responsável pelo maior
sucesso da carreira do pai: um robô encontrado num ferro velho e
trazido pelo garoto para ganhar alguns trocados, mas que aos poucos vai
galgando palcos maiores.
